quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Cosmopolitan entrevista Abbi Glines










A jornalista Rafaela Polo da Cosmopolitan Brasil, se encontrou com a autora Abbi Glines em hotel em São Paulo durante sua passagem pelo país em setembro. Abbi disse que estava impressionada com os brasileiros. “Nunca estive em um país onde todo mundo é tão feliz”, disse quando Rafaela perguntou sobre o Brasil. Confira a entrevista na íntegra:

Pergunta: Todas as mulheres das suas histórias são muito fortes. Você quer que suas personagens inspirem outras mulheres?
Abbi Glines: Claro. Venho de uma família de mulheres muito forte e em Alabama [nos Estados Unidos], a maioria das mulheres são independentes. Não gosto da ideia de depender de ninguém, tenho que resolver meus problemas por conta própria. Se o cara quiser me ajudar, ótimo. Mas não preciso. E acho que todas as mulheres precisam saber isso. Nunca pense que alguém vai com certeza te ajudar, porque pode ser que isso não aconteça — o que te coloca em um lugar onde você precisa dar conta de tudo. Já vivi isso e, por sorte, fui forte o suficiente para conseguir lidar. Acho que nunca conseguiria escrever uma personagem mulher que não fosse capaz de cuidar de si mesma.

Pergunta: De onde vem sua inspiração para escrever os homens de suas histórias?
Abbi Glines: Quando criou um personagem masculino, ele não é baseado em ninguém que eu conheça. Várias leitoras já me falaram que eu arruinei todos os homens para porque não encontram ninguém como eles. E não vão achar porque isso é fruto da minha imaginação. Eu mesma nunca conheci um cara assim.

Pergunta: Então criar esses personagens não impediu que você se apaixonasse por um homem real, por exemplo?
Abbi Glines: Não. Sempre soube que esses caras não eram de verdade. Mesmo quando li Orgulho e Preconceito, aos 13 anos, sabia que não tinha um sr. Darcy solto por aí. Isso é parte da fantasia de um romance.

Pergunta: Suas histórias acontecem com diferentes tipos de pessoas e lugares. Você viveu nesses ambientes? Como consegue retratar universos tão diferentes?
Abbi Glines: Não tenho uma reposta para isso, porque as histórias vêm a minha cabeça e nunca sei onde elas vão acontecer. Não paro e penso: “Está bom, vou escrever sobre um rock star”. Não é assim que funciona. Por exemplo, originalmente não queria que Rush ficasse com a Blair. A ideia era que ela ficasse com o Grant. Estava pensando em um cara insuportável, mimado, rico, cheio de tatuagem para a trama e comecei a imaginar qual seria a vida dele. Foi aí que surgiu o filho de rock star. Minhas ideias vêm de vários lugares. Posso ter escutado a frase de uma música, visto algo na TV…
Pergunta: Você sempre quis ser escritora?
Abbi Glines: Sim. Tenho um irmão 7 anos mais velho do que eu que sempre tinha histórias interessantes para contar na mesa do jantar. Como as minhas não eram comecei a inventar. Tenho uma boa imaginação. Quando terminava, minha mãe falava que não era verdade. Então ela me deu um caderninho e me falou para parar de contar as questões como se fossem verdade e, em vez disso, escrevê-las e criar histórias.
Pergunta: A série Sea Breeze tem nove livros e Rosemary Beach 13. Você gosta de escrever dessa forma, né?
Abbi Glines: Gosto porque sinto que começo a fazer parte daquela família. Com cada livro você pode revisitar diferentes casais e pessoas e é como se tivesse voltado para aquele ambiente que é familiar.

Pergunta: Qual seu livro preferido?
Abbi Glines: Orgulho e Preconceito. Foi o primeiro romance que eu li, quando tinha 13 anos, e me apaixonei pelo gênero. Não acho que tem como ficar melhor do que essa história. É sem dúvida o melhor que eu já li. É o que me inspirou a me apaixonar por romances e comecei a ler tudo o que podia depois disso.

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